Vitória real ou simulada?



Estou certo de que muitos crentes que receberam a Jesus como seu Salvador, que nasceram de novo e passaram da morte para a vida, são no entanto, iludidos dia a dia por uma vitória simulada, ao passo que Deus quer que conheçam experimentalmente o que é a verdadeira vitória. Posso falar com profundo sentimento sobre isso, pois vivi quase até aos quarenta anos de idade (após ter vivido por mais de vinte e cinco anos como um crente sincero) sem saber o que significa a vitória autêntica, aceitando, durante todos esses anos, apenas uma vitória simulada – embora fosse um activo obreiro cristão – como substituto da vitória real.

Nosso Senhor de certa feita disse a alguns judeus que tinham a certeza de estarem com toda a razão:
"Em verdade, em verdade vos digo: Todo o que comete pecado é escravo do pecado… Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Bíblia, João 8:34-36)

E novamente, o mesmo Espírito Santo que habitava no Senhor Jesus disse a Paulo: "Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e, sim, da graça." (Bíblia, Rom. 6:14) E o Senhor adiciona adiante: "...a minha graça te basta..."

Sim, não estamos debaixo da lei, que diz FAÇA, mas antes, estamos debaixo da graça, que diz FEITO, sendo essa a razão pela qual o pecado "...não terá domínio sobre vós..." "Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo." (Bíblia, 1 Cor. 15:57)

E isso é graça. Esse é o teste que mostra qual a vitória autêntica e qual a vitória simulada. Qualquer vitória sobre o poder de qualquer pecado, na vida do crente, que é conseguida por ele mesmo, é um simulacro. Qualquer vitória que o crente tenha procurado por si mesmo, é simulada. Quando o crente consegue ou tenta a sua própria vitória, ainda não obteve a vitória autêntica; não é isso que Deus lhe oferece. É mister que o crente mude da palavra empregada – de "tentar" para "confiar"; e ninguém pode tentar e confiar ao mesmo tempo. Tentar é aquilo que fazemos, e confiar é aquilo que deixamos o Senhor fazer.

Na vitória simulada temos de esconder os nossos próprios sentimentos, envolve grande luta interior; e qualquer pequena vitória, será obtida após intensa luta. Oh! Sim, pedimos que Ele nos ajude, e em seguida sentimos que precisamos fazer muitas outras coisas, a fim de ajudá-lo – como se Ele precisasse de nosso auxílio! Por outro lado, na vitória real, Ele faz tudo sozinho. Percebemos que a batalha cabe exclusivamente a Ele. Não é questão de temperamento ou de ambiente; mas tudo depende de Jesus Cristo, e é a Sua graça que nos é suficiente.


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