Todo filho de Deus, que conhece a salvação, num período ou noutro de sua vida anseia pela vitória sobre o pecado. No entanto, muitos desses filhos de Deus, infelizmente, têm desistido da esperança de obterem, neste mundo, uma vitória completa. É que erroneamente supõem que essa bênção foi prometida apenas para a vida futura. Não sabem quão simples e quão imediatamente está à sua disposição.
Contudo, a grande verdade é que muitos crentes zelosos e submissos ainda não conseguiram ver é que a salvação é um presente duplo: libertação da pena do pecado e libertação do poder do pecado. Todos os crentes têm recebido em Cristo, como Salvador deles, a liberdade da pena que deviam pelos pecados, e receberam isso como um presente franco da parte de Deus. Porém, muitos crentes ainda não perceberam que podem, da mesma maneira, e mediante a mesma fé, no mesmo Deus e Salvador, receber agora mesmo a libertação do poder de seus pecados, libertação essa que lhes foi conquistada pelo Salvador, na cruz, e na vitória da Sua ressurreição.
Embora saibam perfeitamente bem que os seus próprios esforços nada têm a ver com sua salvação da pena dos pecados, têm sido iludidos pelo Adversário, pensando que de algum modo, os seus próprios esforços podem desempenhar algum papel na sua actual busca pela vitória sobre o poder dos pecados. Nossos esforços não somente nada têm a ver com a vitória sobre o poder do pecado, como também podem impedir, e realmente impedem, tal vitória.
Se um homem perdido se aproximasse de Cristo e Lhe dissesse: "Quero ser salvo do castigo que mereço por os meus pecados, e deixarei que o Senhor me salve, contanto que me permita participar em algo de minha salvação, para que ambos tenhamos parte nessa obra", então Cristo não poderia salvar tal homem. Pois a salvação é uma dádiva; e uma dádiva não será tal se for parcialmente merecida. Exactamente da mesma maneira, em relação à libertação do poder dos pecados na nossa vida. Pertence exclusivamente à obra divina – e tudo quanto o homem pode fazer é recebê-la como um presente de Deus, não merecido pelo homem, mas completamente suficiente.
A vida cristã sem tal esforço, porém, não é a vida destituída de vontade. Usamos nossa vontade para crer, mas não para exercer esforço no sentido de tentar fazer aquilo que somente Deus pode fazer.
Nossa esperança de vitória sobre o pecado não consiste de "Cristo mais os meus esforços", e, sim, de "Cristo mais o meu recebimento". Receber a vitória das mãos de Ele é idêntico a crer em Sua Palavra, que ensina que exclusivamente por Sua graça Ele está, agora mesmo, libertando-nos do domínio do pecado. Ora, confiar nEle desse modo é reconhecer que Ele está fazendo por nós o que não poderíamos fazer por nós mesmos.
Nossa esperança de vitória sobre o pecado não consiste de "Cristo mais os meus esforços", e, sim, de "Cristo mais o meu recebimento". Receber a vitória das mãos de Ele é idêntico a crer em Sua Palavra, que ensina que exclusivamente por Sua graça Ele está, agora mesmo, libertando-nos do domínio do pecado. Ora, confiar nEle desse modo é reconhecer que Ele está fazendo por nós o que não poderíamos fazer por nós mesmos.
A vida vitoriosa é produzida inteiramente por Cristo, e também é mantida, não por causa de nossos esforços contínuos, mas através do nosso contínuo recebimento, mediante a fé.
E jamais nos esqueçamos desta simples verdade: a fé que permite a Cristo conduzir-nos à vitória e manter-nos nela, consiste simplesmente de nos lembrarmos que Cristo é fiel; que é responsabilidade dele e Seu dever, realizar esse milagre em nossas vidas, e que Ele jamais deixa de cumprir o Seu dever.
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