Em minha experiência pessoal, destaco três necessidades conscientes que tinha:
1) Havia grande flutuação em minha vida espiritual, em minha proximidade consciente de comunhão com Deus. Algumas vezes eu me encontrava em altos níveis espirituais; mas noutras vezes meu nível era muito baixo.
Mantinha-me em alto nível espiritual – por algum tempo – e Deus parecia-me muito próximo, e minha vida espiritual parecia-me profunda. Mas não perdurava muito. Algumas vezes, mediante uma única falha perante a tentação, e de outras vezes, mediante a queda gradual, as minhas melhores experiências espirituais davam em nada; e assim acabava encontrando-me em níveis mais baixos. E esses níveis mais baixos são lugares perigosos para qualquer crente, conforme Satanás me fez perceber por muitas e muitas vezes.
Mantinha-me em alto nível espiritual – por algum tempo – e Deus parecia-me muito próximo, e minha vida espiritual parecia-me profunda. Mas não perdurava muito. Algumas vezes, mediante uma única falha perante a tentação, e de outras vezes, mediante a queda gradual, as minhas melhores experiências espirituais davam em nada; e assim acabava encontrando-me em níveis mais baixos. E esses níveis mais baixos são lugares perigosos para qualquer crente, conforme Satanás me fez perceber por muitas e muitas vezes.
2) Outra falha consciente em minha vida consistia nas reincidências perante os pecados habituais. Em certos pontos de minha vida eu não estava a lutar um combate vitorioso. Todavia, se Cristo fosse incapaz de dar-me a vitória, para que serviam minhas crenças cristãs e minha profissão de fé? Eu não andava atrás da perfeição impecável, mas cria que poderia ser capacitado a ser vencedor em certos aspectos, de maneira habitual, ou melhor, de forma permanente, ao invés de obter vitórias incertas e interrompidas, de mistura com derrotas esmagadoras e humilhantes.
E no entanto eu costumava orar tão fervorosamente pela libertação; mas a libertação habitual jamais me fora concedida.
3) Uma terceira falha consciente dizia respeito ao poder dinâmico e convincente que é capaz de operar mudanças milagrosas nas vidas dos homens. Eu estava envolvido em febricitante actividade cristã – e assim tinha sido desde que eu chegara aos quinze anos de idade. Falava com as pessoas, uma por uma, sobre a necessidade de se entregarem ao meu Salvador! Mas não estava vendo resultados. De vez em quando podia ver algum resultado, para não faltar com a verdade, mas não muito. Eu não via vidas remodeladas, revolucionadas por Cristo, em resultado dos meus labores; mas a mim parecia que assim deveria ser. Outros homens obtinham esses resultados; por que não eu? E me consolava com a velha desculpa (tantas vezes empregada pelo diabo) que não competia a mim ver os resultados; que eu poderia entregar isso, com segurança, nas mãos do Senhor, contanto que eu desempenhasse a parte que me toca. Mas isso não me satisfazia, e algumas vezes eu me sentia desolado por causa da esterilidade espiritual de meu serviço cristão.
Tinha começado a perceber que determinados homens, que eu considerava extremamente abençoados no seu serviço cristão, pareciam ter um conceito ou consciência de Cristo como eu jamais tivera – muito além, maior e mais profundo do que qualquer pensamento de Cristo que eu já tivera. Rebelei-me perante a sugestão, quando ela subiu pela primeira vez à minha mente. Como poderia alguém ter uma melhor ideia de Cristo do que eu? (neste momento estou simplesmente expondo os pensamentos da minha mente e coração entorpecidos, naquele tempo).
Porventura eu não cria em Cristo e não O adorava como Filho de Deus e igual a Deus? Não O tinha aceitado como meu Salvador pessoal há mais de vinte anos antes? Não acreditava que somente nEle há vida eterna, e não procurava eu viver em Seu serviço, dedicando-lhe minha existência inteira? Não Lhe rogava constantemente que me ajudasse e guiasse, crendo que somente nEle estava toda a minha esperança? Como seria possível alguém ter um conceito de Cristo superior ou melhor que o meu? Eu sabia que precisava servi-lo muito melhor do que já tinha feito até então; mas não podia admitir que eu precisava de um novo conceito acerca d’Ele.
Porventura eu não cria em Cristo e não O adorava como Filho de Deus e igual a Deus? Não O tinha aceitado como meu Salvador pessoal há mais de vinte anos antes? Não acreditava que somente nEle há vida eterna, e não procurava eu viver em Seu serviço, dedicando-lhe minha existência inteira? Não Lhe rogava constantemente que me ajudasse e guiasse, crendo que somente nEle estava toda a minha esperança? Como seria possível alguém ter um conceito de Cristo superior ou melhor que o meu? Eu sabia que precisava servi-lo muito melhor do que já tinha feito até então; mas não podia admitir que eu precisava de um novo conceito acerca d’Ele.
“Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Bíblia, Efésios 4:12;13)
“Para mim o viver é Cristo” (Bíblia, Filipenses 1:21)
Percebi pela primeira vez que as muitas referências, existentes no Novo Testamento, que são feitas a Cristo em vós, e vós em Cristo, Cristo como nossa vida, e nós permanecendo em Cristo, são declarações literais, reais e não figuras de linguagem. Como o décimo quinto capítulo do evangelho de João estremeceu de vida nova, quando o li novamente:
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor.
Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer…”
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor.
Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer…”
“Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse seja glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” (Bíblia, Efésios 3:16-21)
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Bíblia, Gálatas 2:20)
“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Bíblia, Filipenses 1:21)
O que desejo dizer é isto: Eu sempre soubera que Cristo é o meu Salvador; mas considerava-O como um Salvador externo, alguém que preparara para mim uma salvação exterior, por assim dizer; alguém que estava pronto para postar-se ao meu lado, ajudando-me em tudo que necessitasse, concedendo-me poder, forças e libertação. Mas agora eu experimentava algo muito melhor do que isso. Finalmente entendi que Jesus Cristo estava realmente e literalmente no meu íntimo. E mais ainda do que isso, Ele fundara-se na minha vida, colocando-me em união consigo mesmo – meu corpo, minha mente e meu espírito – apesar de eu ter ainda a minha própria identidade e livre arbítrio e plena responsabilidade moral. Porventura isso não era melhor do que tê-lo meramente como um auxiliar, ou um Salvador externo – ter a Jesus Cristo, Deus Filho, como minha própria vida? Isso significava que jamais precisaria novamente de rogar-Lhe que me ajudasse, como se eu e Ele fossemos pessoas diferentes. Meu corpo, mente, vontade e espírito eram d’Ele, e não meramente pertencente, mas uma parte (literalmente) d’Ele. A única coisa que Ele me pedia para reconhecer era: "Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim..."
“Mas, o que se une ao Senhor é um só espírito com ele.”
“Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros.”
(Bíblia, 1 Coríntios 6:17, e 12:27)
Existe uma vida vencedora: é a vida de Jesus Cristo. E ela pode ser a nossa vida se Lhe solicitarmos, se Lhe permitirmos que venha, que nos ocupe, que nos encha de Si mesmo com a "plenitude de Deus" – em submissão absoluta e incondicional, rendendo nossa vontade à Sua, fazendo-O Senhor das nossas vidas, e não apenas nosso Salvador.
Não imagine que estou sugerindo alguma teoria equivocada, mal equilibrada, de que quando uma pessoa recebe Cristo como plenitude da sua vida, que não possa mais pecar. Pois a "vida que é Cristo" deixa intacto o nosso livre arbítrio com esse livre arbítrio podemos resistir a Cristo. A minha vida, desde a nova experiência da qual estou a falar, tem registrado alguns desses pecados de resistência, contudo tenho aprendido que a restauração, após a queda, pode ser sobrenaturalmente bem-aventurada, instantânea e completa.
Também tenho aprendido que, ao confiar em Cristo ao render-me a Ele, não há necessidade de lutar contra o pecado. Existe uma completa libertação do poder e até mesmo do desejo de pecar. Tenho aprendido que essa liberdade, esse mais do que vencer, se mantém mediante o simples facto de que reconheço que Cristo é a minha vida, purificadora e reinante.
As três grandes necessidades ou falhas das quais falei no início deste capítulo são, assim, miraculosamente satisfeitas.
1) Há um companheirismo com Deus totalmente diferente e infinitamente melhor do que qualquer coisa que o crente poderia ter conhecido em toda a sua vida, antes disso.
2) Há um tipo inteiramente novo de vitória, vitória pela liberdade, sobre certos pecados habituais – os velhos pecados que me costumavam perseguir e fazer naufragar – uma vez que o crente confie que recebe essa libertação de Cristo.
3) E, finalmente, os resultados espirituais no serviço cristão concedem ao crente um acumulo tão grande da alegria celestial como nunca pensara ser possível à face da terra. No meu caso, seis de meus mais íntimos amigos, a maioria deles crentes maduros, não tardaram em ter as vidas totalmente revolucionadas por Cristo, tendo-se valido d’Ele dessa maneira, recebendo-o como toda a plenitude de Deus.
1) Há um companheirismo com Deus totalmente diferente e infinitamente melhor do que qualquer coisa que o crente poderia ter conhecido em toda a sua vida, antes disso.
2) Há um tipo inteiramente novo de vitória, vitória pela liberdade, sobre certos pecados habituais – os velhos pecados que me costumavam perseguir e fazer naufragar – uma vez que o crente confie que recebe essa libertação de Cristo.
3) E, finalmente, os resultados espirituais no serviço cristão concedem ao crente um acumulo tão grande da alegria celestial como nunca pensara ser possível à face da terra. No meu caso, seis de meus mais íntimos amigos, a maioria deles crentes maduros, não tardaram em ter as vidas totalmente revolucionadas por Cristo, tendo-se valido d’Ele dessa maneira, recebendo-o como toda a plenitude de Deus.
Jesus Cristo não quer ser apenas nosso auxiliar; mas quer ser a nossa própria vida. Ele não quer que trabalhemos para Ele. Mas quer que permitamos que Ele realize Suas obras por nosso intermédio, usando-nos como um dos dedos da Sua mão. Quando a nossa vida não somente pertence a Cristo, mas é o próprio Cristo, então será uma vida vitoriosa; pois Ele não pode falhar. E uma vida vitoriosa é uma vida produtora de fruto, uma vida pronta para servir.
E essa frutificação e esse serviço, habitual e constante, devem ser realizados mediante a fé em Cristo. As condições para que alguém receba a Cristo como plenitude de vida, são simplesmente duas – naturalmente depois de termos aceite Cristo como nosso Salvador pessoal, aquele que levou sobre Si mesmo os nossos pecados, livrando-nos da culpa e das consequências de nosso pecado:
1) Rendição absoluta e incondicional a Cristo, como Senhor de tudo quanto somos e de tudo quanto possuímos, dizendo a Deus que agora estamos prontos a permitir que Sua vontade toda se manifeste em nossa vida, em cada particularidade, sem importar o preço disso.
2) Certeza confiante de que Deus nos libertou inteiramente da lei do pecado (ver Romanos 8:2) – não que Ele fará isso, mas sim que já o fez. É justamente desse segundo passo, o calmo acto de fé, que tudo depende agora. A fé deve confiar em Deus apesar da total ausência de sentimentos e evidências, porquanto a Palavra de Deus é mais segura, melhor e mais certa que qualquer outra evidência. Compete a nós dizer, em fé firme e inabalável, e até mesmo cega, se assim se tornar necessário: "Sei que meu Senhor
Jesus está satisfazendo agora mesmo todas as minhas necessidades (até mesmo minha falta de fé), porque a Sua graça é suficiente para mim."
Não nos esqueçamos, porém, que o próprio Cristo é melhor que qualquer de Suas bênçãos. Cristo cria poder espiritual; mas Cristo é melhor do que esse poder. Ele é O melhor que Deus tem para oferecer, e podemos receber, rendendo-nos a Ele de forma tão total e em tal abandono de nós mesmos que não mais nós viveremos, mas Cristo é que viverá em nós. Estás disposto a aceitá-lo assim?
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